A distribuição de medicamentos antipsicóticos pelo Ministério da Saúde (MS) para Mato Grosso cresceu cerca de 62% entre 2020 e 2024, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) obtidos pelo PNB Online. O aumento acompanha uma tendência nacional de agravamento da saúde mental da população.
Em 2020, cerca de 2,1 milhões de unidades desses medicamentos foram destinadas ao estado para tratamentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2024, o volume saltou para 3,4 milhões. Só nos primeiros meses de 2025, já foram contabilizadas 1,9 milhão de unidades. Conhecidos também como neurolépticos, esses fármacos são usados no tratamento de diversos transtornos mentais.
Entre os medicamentos distribuídos, a Olanzapina foi o que chegou em maior quantidade. Indicada para o tratamento de esquizofrenia, transtorno bipolar, episódios maníacos, transtorno de personalidade borderline, depressão resistente, síndrome de Tourette e transtorno de estresse pós-traumático, ela teve 1.353.630 unidades enviadas ao estado apenas em 2024.
Ao mesmo tempo que registra alta no uso de medicamentos, o estado possui uma das menores taxas de profissionais de nível superior vinculados a Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do MS, apenas o estado do Amazonas possui menos profissionais a cada 100 mil habitantes. Por aqui, agendar uma consulta com um psiquiatra pelo SUS levou cerca de 64 dias em 2024.
O aumento no uso de antipsicóticos também é tendência em nível nacional. Um estudo publicado neste ano pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), em parceria com a Umane, mostrou que o número de registros de uso desses medicamentos no SUS cresceu mais de 50% em uma década, de 29 milhões, em 2013, para 44,6 milhões em 2023.
Considerando todos os procedimentos ambulatoriais do SUS, como atendimentos, diagnósticos e prescrição de medicamentos, foram 75,7 milhões de registros no Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS). Para Dayana Rosa, gerente de programa do IEPS e uma das autoras do estudo, os números mostram não apenas a piora do bem-estar psíquico dos brasileiros nos últimos anos, mas também maior conscientização sobre a importância de buscar atendimento.
Ela destaca que o fenômeno é complexo e acelerado, especialmente entre os jovens. “Estamos falando de um fenômeno complexo e rápido, que pode estar acompanhado também de outros processos, como a banalização do tema ou patologização da vida”.
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